segunda-feira, janeiro 15, 2007

QUINZE

Enquanto beijava a garota, a mente de vinte e poucos anos de Fernando martelava um único número: quinze, quinze, quinze, quinze, quinze.....Ele não sabia de onde vinha essa voz, provavelmente o seu "grilo falante" chamando para o fato de que QUINZE não era um bom número pra jogar na Mega-sena, ou talvez o contrário. "PORRA, essa voz dentro da minha cabeça tá me desconcentrando", pensou novamente Fernanddo, "maldito consciente, deixa minha libido em paz....o meu instinto fala pra eu continuar, então foda-se"

Mas enquanto línguas se entrelaçavam e a calça de Fernando ficava mais volumosa, a voz aumentou o volume..."quinze, quinze, quinze, QUINZE, QUINZE...". "Se a garota tá gostando e não se importa que eu tenha 23, embora dissesse que eu tinha 20, e na verdade eu tenho cara de 17, não preciso me importar", pensamentos vagos permeavem sua mente junto com o "disco furado" QUINZE...."e na verdade ela não tem mais 14 anos e não é mais virgem, então não posso ser preso juridicamente, mas moralmente é complicado, mas como não tem ninguém que eu conheço aqui, posso levar ela pra cama que ninguém vai notar....mas e depois, vou ficar com peso na consciência e nunca mais olharei para o número 15?"

"Ser ou não ser", a frase shakesperiana levada a outro patamar era o calcanhar de Aquiles na relação, e enquanto ele maquinava nem percebeu que tava num canto escuro da boate, com as calças arriadas e a garota agachada no chão. "Porra, essa garota não pode ter essa idade, ela não tem cara de meninas da idade dela, e faz coisas que uma garota da idade dela faria", ele tentava burlar com maestria os jurados morais de sua consciência.

E enquanto sua mente fritava com questões morais, ele nem se deu conta de que tava em uma cama, num quarto totalmente feminino, com a garota ao lado perguntando se a noite foi boa. "BOA?", ele pensou, "eu fiquei mais preocupado com filosofias morais e jurídicas que nem aproveitei....BOSTA". "Viu, Fernando, é isso que dá confrontar libido e razão".

sábado, janeiro 13, 2007

Is this love?

AMOR
Quatro letras que formam uma palavra bastante forte para ser dita e escrita ao léu, de modo superficial. É o que muita gente faze, ao dizer a simples(?!) frase: "Eu te amo". É muito fácil dizer essa pequena frase, o díficil é levá-la a prática. Não se trata de falar pra uma pessoa próxima ou distante apenas que "ama", tem que mostrar uma atitude que seja digna para tal sentimento nobre.

Por isso que raramente acredito em gente que diz que me ama, mas de fato, pouco se importa comigo, porque as pessoas que nos amam mesmo, de verdade, não falam "eu te amo", elas demonstram o amor que sentem por você.

O que me deixa com pena ou raiva (depende do caso) é essa falácia terrível. Porque todos dizem "eu te amo", como se fosse uma coisa simples, e dizem de maneira tão lisonjeira que chega a ser falso.

Então aprendam uma coisa:
Se eu sou uma pessoa especial pra você, não diga "eu amo você", por favor, apenas me mostre como sou querido e amado. eu também caio nessa armadilha ao dizer essa frase, mas das poucas vezes que eu usei e uso, é de uma sinceridade tremenda, porque talvez eu seja um idiota piegas e me importe com as pessoas.

De agora em diante, não usarei muito essa palavra, essa frase tão difundida e superficial. Só usarei em ocasiões especiais, com pessoas importantes na minha vida.