A conversa (continuação....)
- Olá – diz uma garota numa voz fina e tremida.
- Boa noite – o primeiro rapaz responde.
- Boa noite – o segundo a sua esquerda diz, quase rouco - tudo bem?
- Tudo bem, olha, gostaria de tirar uma foto de vocês? É para o site em que eu trabalho – disse numa voz tremida – pode ser?
- Claro, claro – disse o primeiro, percebendo que ela olhava fixamente para o amigo.
Ela desajeitadamente arruma uma posição melhor para fotografar os dois garotos, afasta um pouco deles para focá-los, sua visão está meio embaçada e a visor da câmera digital treme, “é isso que dá abordar um cara desconhecido o qual está afim”. Apertou o botão uma vez, o flash espocou, olhou no visor, tudo tremido, repetiu mais uma vez o procedimento, sua voz interior gritando “QUE TERROR, EU QUERO UM TRIPÉ”, mas dessa vez a foto saiu até mais ou menos. Lúcio, o primeiro, percebeu que ela estava usando o velho artifício de cantada pelo método da câmera digital, deu uma olhada pra ela e percebeu a fitinha que ela usava no braço esquerdo, tem a cor diferente das dele e de Adriano. Pensou consigo mesmo que ela podia estar com alguma banda como acompanhante, ou pode mesmo fotógrafa de um site.
- Pronto, demorou um pouco, mas consegui focar e fotografá-los, sabe o que é, é que essa câmera é nova e ainda estou apanhando dela – sorriu um pouco pra disfarçar bem a desculpa.
- Não, tudo bem, tem problema não – disse Lúcio, o outro apenas sorriu – você é daqui mesmo?
- Sou daqui, e vocês?
- Também somos – percebendo os olhos dela virados pra Adriano – qual seu nome?
- Bruna, e o de vocês?
- Eu me chamo Lúcio, prazer.
- Adriano – até que enfim oviu-se a voz dele durante toda a conversa – prazer.
- O prazer é meu.
Um silêncio de alguns segundos, um olhar vidrado na camiseta branca do Interpol, outro percebendo tudo a sua volta, e outro congelado de tanta timidez.
- Olha, tenho que ir ali rapidinho – disse Lúcio, de sopetão – vou pegar cerveja no bar.
- Eu vou com você – disse um Adriano em choque.
- Então eu me vou – disse Bruna, não sabendo o que dizer, ela queria estar longe dali.
- Não, precisa não, pode deixar que eu vou sozinho e pego uma pra você – deu um tapinha nos ombros de Adriano – foi um prazer conhecê-la Bruna – e piscou pra ela, como se dizendo “pronto, agora é com você”.
3 Comments:
agora vc pode dizer q o menino Lucio tem um q de vô, pode dizer! hiuehaieuh
Ou , mto legal esse artigo.Gostari de conhecer garotas assim com iniciativa !heheheh
Trabalhar com dialogos é sempre uma boa..deixa a leitura mais fácil.. o Clube dos Corações usa muito esse recurso. =)
Esse adriano é meio mané..tb com uma camiseta do interpol..hahuauhauha
Postar um comentário
<< Home